Será que 2020 foi um ano perdido para educação?
- Juliana dos Santos

- 25 de dez. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 7 de jan. de 2021
Tenho ouvido constantemente que 2020 foi um ano perdido para educação. Não consigo pensar na afirmativa sem algumas considerações.
O cenário da educação já implorava por mudanças e os tantos problemas vividos foram ainda mais latentes pela falta de preparo e de uso de tecnologias da educação antes mesmo da pandemia. De um lado, instituições limitavam-se ao uso dos "laboratórios de informática" para incrementar suas aulas. De outro, professores temiam a descentralização de sua figura na sala de aula e mantinham suas aulas expositivas que demonstram o precioso conhecimento sobre o conteúdo específico. Mas isso não era o bastante para alunos que estavam no meio desse processo e com os celulares pulsando notificações diversas a cada minuto.
Março chegou e em pouco tempo foi necessário entrar nas telas para que não parássemos completamente. Agora, no final do ano, fica uma questão: transpor os momentos presenciais para o uso de plataformas de web-conferência foi o suficiente? Não!
Professores sentiam-se sozinhos e alunos questionavam se estavam aprendendo com aquele formato de aulas. Contudo, chegamos ao final com conquistas.
Já sabemos que:
* educação digital não é transposição;
* instituições precisam reconsiderar suas propostas pedagógicas;
* formação de professores para uso pedagógico de tecnologias é uma demanda urgente;
* engajamento dos alunos não acontece, se não houver mudança do desenho da aula;
* mudança de cultura na educação é a máxima para a década que se inicia.
Se considerarmos que saímos de 2020 conscientes de que a educação não será a mesma, teremos a certeza de que é nosso papel promover as mudanças necessárias para que o ensino e a aprendizagem se efetive em novos modelos. Para isso, é preciso refletir e agir na construção de novas trilhas do conhecimento.









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