Dados sem ação de nada adianta

Vivemos cercados/as de dados para todos os lados. São dados de analfabetismo, estatísticas de pessoas nas escolas, índices de tendência de treinamento. Recebemos pesquisas, mapas de desempenho, percentuais de aproveitamento. Contudo, fica a pergunta: o que estamos fazendo com tantos números?

Gerar um dado para não tratá-lo, interpretá-lo e tomar decisões é inútil. É desperdício de tempo e dinheiro, uma vez que muitas pesquisas são custosas tanto do ponto de vista financeiro como de recursos humanos para se empenhar um em processo quando não é, de fato, desdobrado dentro das instituições. 

No campo da educação, desde a básica até a corporativa, estamos imersos em números e precisamos compreendê-los para agir, visando à melhoria de desempenho dos/as aprendentes. 

Nas redes públicas de ensino, analisar os dados de permanência, por exemplo, deve vir aliado à observação dos índices de qualidade de educação. 

Nas redes privadas, os rankings entre sistemas de ensino e escolas devem se submeter, também, à análise de performance individual de aprendizagem. 

Na educação corporativa, não basta saber quem percorreu as trilhas de aprendizagem desenhadas para as plataformas on-line, mas é preciso gerar experiências de aprendizagem que sejam aplicáveis aos negócios e que, principalmente, façam diferença na construção de carreira e desenvolvimento das pessoas.

Independente da rede, do segmento, da proposta pedagógica ou andragógica, qualidade, personalização, vivências, aplicação do conhecimento, relação entre teoria e prática são imprescindíveis para desenvolver as competências de formação cidadã e para o mundo do trabalho. 

Então, dados de diagnóstico, acompanhamento de processo, resultados de avaliação compilados de forma organizada e efetiva são a base para qualquer ação dentro da perspectiva de colocar os/as aprendizes no centro e focar no sucesso deles/as. Não basta ter os dados, se não soubermos o exato ponto de intervenção que deve ser realizado para que isso se efetive.