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Proatividade: ambiente, característica e desenvolvimento

Em um mundo altamente conectado com intensas mudanças, é preciso se antecipar constantemente para se tornar competitivo como indivíduos e instituições. A proatividade, então, torna capaz essa antecipação para resolução de problemas e desenvolvimento de pessoas. Mas até que ponto incentivamos a proatividade?


Quando há ambientes em que as pessoas se sentem seguras para indagar, pesquisar, errar, procurar ajuda; elas tendem a ser proativas. Ou seja, é preciso fazer mais que suas tarefas habituais, uma vez que elas podem sofrer mudanças no processo ou até mesmo deixar de existir. Vamos a um exemplo.

Esta semana conversei com um diretor de uma grande escola e falávamos sobre os professores do ensino médio que “perderam” um pouco a habilidade de formular questões objetivas para provas e simulados, uma vez que há muitas empresas que vendem bancos e mais bancos de questões.


Nossa conversa percorreu o seguinte caminho:

  • criamos especialistas em preparação de questões que simulam diversos processos seletivos.

Isso é ruim? Para os que mudaram de função, não. Os professores saíram da sala de aula para compor os quadros das grandes empresas e passaram a estudar várias avaliações existentes no Brasil.


  • carecemos de professores que saibam avaliar suas turmas.

Isso é ruim? Muito. Vivemos em um mundo personalizado e que necessita de diagnóstico constante para atender à formação de pessoas.


O que se observa dessa conversa? De um lado, há profissionais que foram proativos, observaram tendência de mercado, analisaram novas possibilidades de trabalho e se anteciparam à entrada de grandes empresas nas escolas. De outro, há profissionais que parecem estar estagnados e nem se deram conta de que o seu papel já deveria ter mudado para um orientador, mediador da construção de conhecimento, empregando estratégias ativas para aprendizagem significativa dos/as estudantes e, principalmente, avaliando processo de cada um deles/as.


A educação formal não é a única área que sofreu alterações na sua forma de operar. Os bancos, os supermercados, as clínicas médicas passaram, por exemplo, a usar a tecnologia para vender produtos, atender clientes e diagnosticar pacientes.


Compramos seguros, capitalização, previdência, cartões por meio de aplicativos, sendo atendidos por robôs e com muita inteligência artificial para leitura do nosso perfil.


Entramos nos supermercados, selecionamos o que queremos, procuramos um tótem e passamos nossas compras sem o auxílio de um funcionário no caixa ou para embalar as mercadorias.


Acessamos aplicativos, realizamos teleconsultas, solicitamos visitas de laboratórios em casa, imprimimos resultados sem sair de casa, ou temos o envio direto para o profissional que nos atendeu.


As mudanças foram e estão sendo rápidas, por isso é preciso um time proativo.


Para Araújo (2020, p. 97), há o "profissional proativo, aquele que busca modificar a situação para melhor, antecipando problemas e oportunidades. A pessoa proativa no trabalho vai além da tarefa, não se contenta com a eficiência operacional. Ela desenvolve a pró-ação".

Desenvolver profissionais proativos/as é estabelecer ambientes seguros para arriscar, incentivar o pensamento de mudança, enxergar e desenvolver talentos. Além disso, trazer senso de responsabilidade com sua carreira, uma vez que as pessoas passam por empresas, mas carreiras não individuais.



Texto citado neste artigo:

ARAÚJO, Leonardo. Empresas Proativas 4.0: estratégias para vencer na era digital. [recurso eletrônico] Rio de Janeiro: Alta Books: 2020.


 
 
 

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