Pela repetição do óbvio

Quantas vezes temos ouvido: “o óbvio precisa ser dito”?

Essa frase é usada em muitos momentos na vida de uma pessoa de gestão que está preocupada em desenvolver, de fato, outras pessoas.

Lidamos com pessoas com diferentes perfis e lideramos colegas com maturidade profissional e psicológica em fases diversas. Então, o que parece dominado por parte da equipe pode não ser por outra ou para um indivíduo. Liderar requer esse cuidado de falar de várias formas, mesmo o que parece óbvio.

Tenta sair da cena de uma rotina de trabalho e analisar quanta coisa acontece em um dia. São projetos, metas, processos, entregas, atendimento ao cliente, documentos para preencher, sistema com alteração. Alguns de nós e dos colegas podem não saber como realizar uma atividade, qual contato de fulano, qual o perfil daquele cliente que é novo para ele, quem do TI que vai resolver uma ocorrência de sistema.

É aí que volta a frase: Você precisa fazer tais e tais procedimentos para realizar tal ação. Isso mesmo. Muitas vezes, precisamos falar de forma descritiva o que parece óbvio para nós e que não é. Outras vezes, precisamos indicar em qual repositório estão localizados os documentos que devem ser preenchidos para um determinado procedimento interno. Ou seja, é esclarecer e ajudar alguém em para que tenha domínio de tarefas em seu trabalho rotineiro.

Perder a paciência, ser rude, esquecer a empatia ou agir com indiferença podem causar problemas de toda espécie. Comunicação é um deles. Quando problemas de comunicação acontecem, acabam por impactar o interlocutor e pode contaminar mais pessoas em volta.

Muitas vezes, não damos o treinamento mais adequado para as equipes, porque não entendemos como os outros aprendem e exigimos ciência e consciência de suas atividades e entregas.

Repetir o óbvio nem sempre é “fazer papel de bobo/a” ou “ser gravador”. Na verdade, é momento de reconhecer as características de sua equipe e orientar os que têm dificuldades para o melhor desempenho de suas funções.