O profissional não controla a atividade mental dos estudantes
- Juliana dos Santos

- 7 de fev. de 2022
- 2 min de leitura
Seria muito bom se o professor entrasse em sala, expusesse os objetivos para a aula, explicasse como seriam as atividades e tirasse as primeiras dúvidas sobre os processos e que todos os participantes iniciassem com o mesmo ritmo, da mesma forma e usando os mesmos métodos.
Seria bom? Tenho certeza de que não seria, pois estaríamos trabalhando de robôs e não de pessoas.
Cada indivíduo tem seu tempo, está em uma fase de entendimento para a aprendizagem, compreende comandos de maneiras distintas, realiza atividades com maior e menos facilidade. Ou seja, somos diversos e temos estilos de aprendizagem diferentes.
Compreendendo todo esse contexto e mais as variáveis constantes no dia a dia da sala de aula, é que o profissional precisa orientar os estudantes de modos diferentes. Além disso e tão importante como, é fundamental que haja diversificação de estratégias para que aprendizes com inteligências e estilos de aprendizagem diferentes sejam, de fato, contemplados em sua individualidade.
O diagnóstico de uma turma não pode se encerrar no conteúdo conceitual. Pelo contrário, os/as professores/as devem levar em conta conteúdos atitudinais e procedimentais, bem como identificar estilos de aprendizagem e quais inteligências sobressaem em um grupo.
A partir daí, deve-se olhar o planejamento para reflexão e ajustes. São necessários objetivos de aprendizagem em três domínios (cognitivo, afetivo, psicomotor), uma vez que nosso foco deve ser o desenvolvimento de atitudes, por exemplo.
Se no diagnóstico identificamos um grupo com inteligência linguística mais destacada, é preciso também desenvolver estratégias para que a lógico-matemática ou interpessoal sejam despertadas. Se verificamos que há uma mistura entre alunos mais visuais e outros mais auditivos, também é imprescindível fazermos a curadoria de objetos educacionais que atendam a essas necessidades, abrindo o caminho para a aprendizagem.
É preciso que nos tornemos especialistas em aprendizagem para garantir a formação dos/as estudantes.
Deixo esta semana duas obras super atuais, apesar do ano de publicação.
ANTUNES, Celso. A grande jogada: manual construtivista de como estudar. 11. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996.
MORISSETTE, Dominique. GINGRAS, Maurice. Como ensinar atitudes: planificar, intervir, valorizar. Lisboa: Asa, 1994.







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