NECESSIDADE DE CIÊNCIA X ABISMO DE APRENDIZAGEM

Temos a consciência de que neste século o conhecimento científico é poderoso. E, mais uma vez, a prova disso se deu com a vacinação e a diminuição de mortes por COVID.

Embora o início deste texto seja uma exaltação à vitória da ciência, o foco é falar sobre ela no contexto escolar.

A escola é o lugar do desenvolvimento, é uma síntese de culturas, é propícia para o movimento transformador da sociedade e é por isso que precisamos da escola com significado.

Libâneo (2013, p. 14) afirma que

para serem enfrentados os desafios do avanço acelerado da ciência e da tecnologia, da mundialização da economia, da transformação de processos de produção, do consumismo, do relativismo moral, é preciso maciço investimento em educação escolar. É preciso reconhecer a urgência da elevação do nível científico, cultural e técnico da população, para o que se torna inadiável a universalização da escolarização básica de qualidade.

E é sobre isso.

Se o contexto econômico, se a transformação digital, se o mundo do trabalho exigem sujeitos críticos criativos, resolutivos, colaborativos, com tomada de decisões estratégias e outras tantas competências, é função da escola promover experiências para o desenvolvimento dessas competências, tendo como pano de fundo o conhecimento científico, para além do cognitivo.

De um lado, a consciência do papel da escola está clara. De outro, a certeza do abismo ainda maior criado pela ausência física dos alunos na escola por causa da pandemia é a preocupação do momento. Já se discutia sobre o quão fundamental era a não naturalização da exclusão social e função da escola nesse processo.

Agora, mais que discussão, são necessárias políticas públicas, envolvimento da iniciativa privada e fortalecimento do terceiro setor para que todos estejam impregnados de ações concretas que aproximem crianças, adolescentes e jovens do conhecimento, da ciência, da formação integral e socialmente responsável, a fim de gerar educação de qualidade e que transforma vidas.