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Lifelong learning: autoformação e formação docente

Estamos ouvindo constantemente a expressão lifelong learning, que tem sido traduzida como aprendizagem ao longo da vida. É claro que na construção profissional docente essa já deveria ser uma prática, uma vez que o dinamismo da sala de aula empurra professores e professoras para (re)formulação de saberes.


Talvez, a grande questão seja o engajamento dos docentes para continuar estudando e se aprimorando ao longo de sua carreira. Os problemas são os mesmos: baixa remuneração, longas jornadas, necessidade de vínculo com instituições diferentes. Enfim, a realidade nem sempre parece favorável à autoformação e à formação continuada.


Mas o que fazer, então, para organizar situações de aprendizagens próprias e para contextos e alunos cada vez mais diversos?


Não há outra saída, senão a reflexão sobre a prática e as ações a partir de estudos, trocas, construções colaborativas que levem a efetivos projetos de ensino que promovam aprendizagem significativa.


A aula planejada há cinco anos era extraordinária, porém provavelmente não se adequa aos estudantes deste momento. É por isso que é preciso se comprometer com um objetivo por trimestre, semestre, ou seja, é preciso estabelecer uma meta: “esse semestre vou estudar, colocar em prática uma metodologia ativa, avaliar seus resultados e rever o que for preciso. Além disso, posso estudar também uma ferramenta de interação com os alunos, sejam games como kahoot, plataformas como H5P”.

Esse é o princípio da autoformação. Se houver um relato e divulgação para os pares do que foi realizado, avaliado e consolidado; já haverá a disseminação de práticas que contribuem com a formação de outrem.


Além disso, há muitos cursos livres gratuitos na internet de pequena, média e longa duração. Sem falar nos programas de pós-graduação que estão cada vez mais acessíveis financeiramente; requerendo, porém, bons planejamentos de tempo e espaço para cumprimento das atividades.


Podemos nos comprometer, também, com uma participação mais efetiva nos programas de formação continuada das redes às quais pertencemos. Certamente, isso contribuirá com o processo de prática de aprendizagem contínua e profissionalização.


Terminamos esta pequena reflexão com as palavras de Charlier (2001, p. 89) que caracteriza o profissionalismo do professor como “sua possibilidade de agir em situações diferentes, de gerir incertezas e de poder enfrentar as mudanças no exercício de sua profissão”.

É para essa complexidade de atuação que aprendemos ao longo da vida para nossa construção profissional.



Texto citado neste artigo

CHARLIER, Évelyne. Formar professores profissionais para uma formação contínua articulada à prática. In: PERRENOUD, Philippe; MURAD, Fátima. Formando professores profissionais: quais estratégias? quais competências?. 2. ed. rev. Porto Alegre, RS: ArTmed, 2001.


 
 
 

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