Falta de leitura e defasagem de repertório
- Juliana dos Santos

- 25 de set. de 2023
- 1 min de leitura
Já não é novidade alguma que estamos cada vez mais imagéticos e moldados por vídeos cursos. Independente da idade, profissão e condição social, o distanciamento da leitura tem sido visto na falta de repertório e capacidade de compor avaliações sobre os assuntos.
Outro dia, fui dar uma palestra e perguntei quantos livros ou artigos sobre o tema os participantes já tinham lido. Nem sei se foi surpresa dizer que menos de 10% das pessoas que estavam lá estavam interessadas nas discussões. Caminhamos a conversa com menos profundidade do que esperava.
A pesquisa Retratos da Leitura, na 5ª edição em 2019, indica que 52% dedica-se à leitura, seja de textos bíblicos, seja de jornais, seja de outras fontes.
Estamos constatando nas salas de aula de educação básica e superior a solicitação pelos “slides” ou resumos das aulas e o abandono dos textos científicos. Nas corporações, os profissionais, geralmente, estão tão envolvidos com suas rotinas diárias que não reservam tempo para se atualizar, acabando por automatizar suas atividades sem buscar insights para melhorias.
O fato é que estamos cada vez mais com problema de repertório científico e cultural das pessoas. Isso nos faz comprar qualquer ideia como certa, qualquer post como verdadeiro e qualquer discurso como válido.
Preocupa-me bastante a condição de crítica de toda uma geração que sequer entende que pessoas com pontos de vista diferentes podem conviver e aprender com suas bases e referências. Resta-nos insistir na adaptação da linguagem para captar um público, formar leitores, gerar valor aos textos científicos e baseados em pesquisas sérias e, gradualmente, mudar sua condição de leitura da população.
A imagem para este post foi criada por Inteligência Artificial.







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