Escolas na educação corporativa: das competências aos processos
- Juliana dos Santos

- 25 de abr. de 2022
- 2 min de leitura
Nos últimos dias ouvi uma frase que, embora seja recorrente no discurso sobre educação, ela sempre soa como um alvo a ser alcançado pelos gestores. Ei-la: “todo crescimento de empresas requer o treinamento e desenvolvimento de pessoas”. Ou seja, para crescer é preciso investir em pessoas.
Toda empresa que eu atendo busco saber quais são as escolas que compõem seu projeto de educação, para quem e como elas funcionam. Essa busca se deve ao fato de acreditar em quatro pilares para o desenvolvimento de pessoas:
Competências e habilidades;
Conhecimentos específicos do campo de atuação;
Cultura;
Processos;
Deparo-me constantemente com algumas escolas, tais como: liderança, tecnologia, core da empresa, atendimento, vendas, negócios. Noto, assim, a convergência dos propósitos. Contudo, muitas não têm mapeados seus processos, os fluxos operacionais e parece que isso é a mais uma causa de muito retrabalho, problemas de comunicação, perda de tempo, insegurança nas operações.
Assim, se configuram as necessidades da educação corporativa. Saber, por exemplo, estruturas complexas às mais simples como: fluxo de operações rotineiras, áreas responsáveis por demandas, quais formulários, requisições, prazos, formas de entrega, templates. Quando recebemos um novo colaborador na instituição, quando há mudança de pessoas entre setores, quando não fazemos um procedimento rotineiramente, precisamos ter trilhas que nos direcionam rapidamente, muitas vezes sem ter que acionar outras pessoas.
Almeida (2016, p. 73) assegura que
A construção do conhecimento organizacional depende da estruturação de processos que contribuam para a transferência dos conhecimentos individual e tácito e para o conhecimento explícito acessível a todos, para adicionar valor ao negócio da empresa.
Organizar é a base para otimização dos processos sem torná-los burocráticos. O perfil de novos colaboradores está cada vez mais voltado para permanência curta nas empresas ou atuando remoto e as informações não podem estar na cabeça ou no caderno de alguém. Elas precisam ser compartilhadas e de fácil acesso a todos em qualquer situação, pois pertencem a empresa e não a um ou a outro colega.
Investir no desenvolvimento de pessoas é investir em educação. Seja para as competências que se deseja alcançar, seja para a atualização constante de conhecimentos de suas áreas, seja para entendimento e contribuição da cultura das empresas, seja para organização de processos; as arquiteturas de educação precisam ser fortalecidas para resultados cada vez mais sólidos das corporações.
Texto citado neste artigo
Almeida, Alivinio de. Inovação e gestão do conhecimento. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2016.







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