Ensino adaptativo: entendendo a necessidade dos/as estudantes

“Falamos, portanto, de um ‘ensino adaptativo’, cuja característica distintiva é sua capacidade para se adaptar às diversas necessidades das pessoas que o protagonizam” (Zabala, 2010).

Que mundo de ideias, questionamentos e reflexões nos propõe esse trecho da obra de Antoni Zabala.

Primeiro, é preciso pensar em transformar o ensino em uma proposta adaptativa. Acredito que aqui o passo inicial é ter um diagnóstico do grupo a ser trabalhado para que todo e qualquer planejamento preveja métodos, lugares de fala e aprendizagem significativa para os/as estudantes e, principalmente, diversidade na avaliação.

Adaptar é usar plataformas com trilhas por graus de conhecimentos diferentes e com inteligência artificial para inserir o sujeito em seu ponto para o avanço, ou seja, é personalizar. Adaptar também é planejar empregando atividades, interações, momentos de envolvimento entre professores/as e estudantes que possam, também, alcançar o progresso com a ajuda do/a mediador/a e dos pares. Ou seja, acontece a personalização da mesma forma.

É aí que entra o olhar sensível do/a profissional para gerar protagonismo em sujeitos com estágios distintos de apreensão de conhecimento e mesmo assim ele querer seguir sua trilha progredindo de forma consciente e visível.

Se considerarmos a avaliação como um ponto sensível desse processo de adaptação, veremos que as atividades em grupo, com reconhecimento individual do alcance de habilidades e conhecimentos, trazem a transparência e segurança da evolução do indivíduo.

Quando adaptamos o ensino, focamos nas conquistas dos/as estudantes de acordo com suas possibilidades e aí fazemos educação personalizada, uma vez que adaptamos o ensino para isso.

Texto citado neste artigo

ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2010.