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Cultura digital e aprendizagem: em que momento está a sua Instituição?

Tenho frisado em várias rodas de conversa, formação nas instituições e consultorias que, antes de qualquer proposta de inserção de tecnologias. É preciso entender a cultura digital e pensar a concepção do digital para a realidade de cada empresa que pratica diferentes modalidades de educação.


Em um texto com mais de dez anos de publicação, Waquil e Behar (2009, p. 144) afirmam que


Estamos vivenciando uma revolução nos suportes da informação que cria uma nova cultura. Essa cultura está baseada na aceleração das trocas, na eliminação de limites geográficos e no tempo real. Esses são fatores que têm criado novas formas de relacionamento, novos espaços e novas formas de aprendizagem.


Essa “nova cultura”, anunciada pelas autoras, já causava impacto na aprendizagem e vem exigindo planejamentos e intervenções capazes de reformular o fazer educação, mesmo antes da pandemia. Não basta dizermos que fomos empurrados pela COVID-19 para o mundo digital. É preciso pensarmos como serão implantados, consolidados e acompanhados processos de ensino e aprendizagem, previstos antes de 2020 e depois de tantas experiências vividas no contexto pandêmico.


No contexto pré-pandêmico, Silva e Serafim (2016, p. 843) ressaltam que “a rapidez com que as informações são processadas, como chega ao indivíduo em tempo real, muda a forma de ler, de interpretar e de aprender já existente”.

Arrisco a dizer que esse é o foco da educação: atuar a partir das mudanças já estabelecidas.


As leituras se ampliam e se estendem com hipertextos que exigem de seus leitores a porta de entrada e a capacidade de traçar suas rotas de leitura, tomando por base as trilhas que vão se descortinando pelos muitos links na web ou outros tantos links, ou ligações, que são exigidos a partir do sentido de uma palavra, da intertextualidade proposta, da leitura de mundo que se avolumou.


No processo de interpretação, os caminhos ampliados pela leitura requerem aprofundamento, crítica, entendimento de intencionalidade, interpretação de tantos dados, quadros e números que chegam aos leitores a cada instante.


Aprender, então, está longe de uma questão de memorização, de listas. Aprender é entender um método e como o indivíduo lida com sua aprendizagem, desenvolvendo suas próprias técnicas que são empregadas em diferentes circunstâncias e vão se aperfeiçoando ao longo da vida.

O aprendiz tem em mãos um mundo, contudo entende que entrar nesse mundo exige chaves, mapas, bússolas, labirintos, desafios, mas, principalmente, conquistas.


A conexão nos oferece novas formas de conexões humanas, de desenvolvimento de sujeitos, de comportamentos, de modelos de educação, sejam eles a educação formal e corporativa ou espaços não formais de aprendizagem.



Trocas. Relacionamentos. Espaços. Aprendizagem. Tudo em mudança.



Textos citados neste artigo

BEHAR, Patrícia Alejandra (orgs.) Modelos pedagógicos em educação a distância. [recurso eletrônico] Porto Alegre: Artmed, 2009.

SILVA, Francineide Sales da; SERAFIM, Maria Lucia. Redes sociais no processo de ensino e aprendizagem: com a palavra o adolescente. IN: SOUSA, R. P.; BEZERRA, C. C.; SILVA, E. de M; et al. (org.) Teorias e práticas em tecnologias educacionais. Campina Grande: Eduepb, 2016.


 
 
 

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