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Compreender nos leva a muitas habilidades

Relendo um texto do Moran, datado de 2004, esbarrei com a seguinte definição descrita pelo autor: “compreender é organizar, sistematizar, comparar, avaliar, contextualizar”.


Confesso que fiquei refletindo sobre esse trecho por alguns dias, uma vez que ele parece elevar a capacidade de compreender, se fizermos uma relação com os níveis de aprendizagem da Taxionomia de Bloom.


Quis transpor essa definição de Moran para um exemplo prático e que, também, dialogasse com as minhas leituras sobre a importância dos alunos compreenderem a metodologia que está sendo trabalhada em seu cotidiano.


Deparei-me com a metodologia de aprendizagem por problemas que vez por outra aparece nos textos como forma de instigar o aluno ao protagonismo.


Parece-me, então, que para o aluno compreender o processo da resolução de um problema, ele precisa mesmo passar por todas essas habilidades expostas por Moran. Vejamos:


  • Organizar - dados, informações, ferramentas, divisão e gestão de tarefas, gestão do tempo.

  • Sistematizar - levantamento e discussão de hipóteses, métodos a serem usados para atender à demanda.

  • Comparar - investigação de soluções para resolução de problema simular, análise dos processos pensados pelo aluno/grupo em relação a outras soluções.

  • Avaliar - coerência para resolução do problema, análise da melhor forma de resolução, decisão de método e procedimentos a serem tomados para solucionar o problema.

  • Contextualizar - análise de contexto que melhor satisfaça a solução do problema, observação de forma de apresentação da solução.


É possível notar que, passando pelas habilidades, conseguimos nortear, mediar, indicar aos alunos como eles devem, minimamente, agir para o que precisa ser realizado. Ou seja, antes de partir para a resolução do problema proposto e utilizando a definição de compreensão oferecida por Moran, podemos fazer com que os alunos aprendam sobre a metodologia de aprendizagem por problemas, a fim de aprimorar os processos e procedimentos alcançando aos poucos a autonomia para a aprendizagem.


O fazer docente tem se reconfigurado nos últimos anos e é necessário um processo contínuo de reflexão sobre a prática, as metodologias, a tecnologia, o entendimento do processo de mediação no processo de aprendizagem, dentre tantos outros temas.


Estamos refletindo e aprendendo. Isso é educação. É formação.


Texto citado: Moran (2004). Os novos espaços de atuação do professor com as tecnologias. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/index.php/dialogoeducacional/article/view/6938.

 
 
 

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