Competências na educação e a necessidade de mudanças nas escolas
- Juliana dos Santos

- 12 de set. de 2022
- 2 min de leitura
Muito temos pensado, lido, estudado, discutido e planejado para o ensino e aprendizagem por competências. Contudo, a prática docente parece não ter ainda internalizado objetivos e métodos para o alcance de competências elencadas na BNCC - Base Nacional Comum Curricular; e nas DCNs - Diretrizes Curriculares Nacionais. Estas apontam as competências tanto para educação básica como para superior.
Constantemente, há uma discussão sobre o viés político e econômico que se estabeleceu a respeito do tema, uma vez que o desenvolvimento de competências surge, no século XX, do mundo corporativo. A questão já discutida é a ampliação do conceito empresarial com vistas à formação integral dos estudantes. Essa premissa reconfigura o papel da escola e da academia, trazendo novas perspectivas de educação.
Essa mudança requerida para a escola é indicada por Zabala e Arnau (2020, p. 13) quando afirmam que é necessária
uma escola que desenvolve todas aquelas competências que permitem que a pessoa responda de maneira adequada aos diferentes problemas e situações da vida, não apenas no campo acadêmico e profissional, mas também, e especialmente, nas esferas pessoal, interpessoal e social. Isto é, uma formação para a vida que se concretiza no desenvolvimento de competências básicas.
Dessa forma, há uma insistência para sairmos do ensino conteudista e passarmos para uma educação que envolva Competências, Habilidades, Atitudes, Valores e Experiências. Ou seja, a já conhecida sigla CHAVE.
A internalização de nova forma de educação não é fácil, pois requer:
mudança de cultura;
orientação e suporte à comunidade escolar (famílias, estudantes, equipe pedagógica, docentes)
formação continuada de equipes pedagógicas e professores;
orientação personalizada ao docente;
acompanhamento de planejamento e execução das metodologias;
acompanhamento de resultados dos alunos e, quando necessário, intervenção para processos de recuperação.
O que passa a fazer sentido não são os números apresentados em boletins, mas o desenvolvimento da pessoa e suas experiências transformadoras. Consequentemente, os resultados em avaliações internas e externas tendem a ser melhores. Isso acontece porque o foco da educação é o preparo para resolver problemas diversos e complexos, não se limitando a decorar fórmulas, datas e resolver exercícios viciados.
A educação por competência exige dos gestores educacionais e professores o propósito de contribuir com a mudança de cultura. Assim, é preciso sair de um discurso para uma proposta de educação inovadora para a prática de entrega para a sociedade de pessoas competentes e constantes aprendizes.
Indicação de leitura:
ZABALA, Antoni, ARNAU, Laia. Métodos para ensinar competências. Porto Alegre: Penso, 2020.







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