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Aprender em qualquer espaço.

O título deste texto seria “novos espaços de aprendizagem”, mas nem consegui digitá-lo porque os espaços não são novos. Eles estão ali esperando para que os utilizemos como oportunidade de aprender “fora da caixa”.

Isso mesmo. É necessário, além de pensar “fora da caixa”, agir fora dela, isto é, propor a aula fora dos espaços físicos quadrados a que estamos tão acostumados.

As trocas, ou tradicionalmente chamadas aulas, acontecem em muitos espaços e não estou aqui falando do virtual, digital ou tecnológico. Esses espaços já devem fazer parte de aprender, pois não há como dissociá-los no século XXI. Mas falo de voltar às pracinhas, de estar embaixo das árvores, nos bancos espalhados pelas escolas que não vão suportar o sufocamento das paredes.

Há pouco tempo, eu escrevi um texto sobre o retorno ao presencial na pandemia e a necessidade de métodos colaborativos e propostas que envolvessem os alunos para a aprendizagem ativa e significativa.

Observando, refletindo, ouvindo os atores da educação, resgatando minhas próprias práticas, tenho certeza de que aprender deve levar em consideração todos os espaços.

Ilustro com uma hipótese. Já pensou em aprender a partir da cantina ou do refeitório?

Vamos levar os alunos para esse espaço. Agora, imagine as áreas:

  • Matemática - custeio, precificação, proporção, média de venda, estoque, etc.

  • Ciências da natureza - frutas da estação, temperos, uso de conservantes naturais, alimentação saudável, tempo de refrigeração e conservação, etc.

  • Ciências Humanas - história da educação, o papel da alimentação nas escolas, merenda escolar na escola pública, cantinas/refeitórios como espaços de socialização, etc.

  • Linguagem - comunicação para venda, arte e comunicação, linguagens verbal e visual, educação física e alimentação, etc.

São tantos conhecimentos em torno de um só espaço que é preciso, não só sair do espaço físico da sala quadrada, mas transformar as nossas trocas (as aulas) em um projeto.

A sala quadrada pode ser utilizada como referência para guardar materiais, livros impressos, muitos tipos de papéis, canetas, quadros organizadores, uso de mesas colaborativas, enfim ela se reconfigura.

E, assim, eis uma questão urgente que precisa incomodar a comunidade escolar: modos e espaços de aprender que exigem, além de estratégias inovadoras de ensino e de aprendizagem, mudança de cultura na educação.


 
 
 

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