3 pilares para contratação de professores
- Juliana dos Santos

- 10 de out. de 2022
- 2 min de leitura
As análises de currículo, indicações e/ou teste de refinamento nos sites de emprego precisam nos dar pistas das capacidades e competências dos professores a serem contratados. Mais do que os conhecimentos técnicos, dos muitos certificados de cursos nas suas áreas, dos títulos, é necessário que os docentes apresentem outros saberes na sua formação. Vou deixar aqui três pilares que podem nos ajudar nesse momento.
1 - Conhecimento técnico e pedagógico
Professores tendem a se especializar muito em uma área. Sejam os pedagogos que se tornam alfabetizadores, os mais dedicados à educação infantil ou o 5º ano, por exemplo. Ainda temos professores que são dedicados e vão se especializando em literatura ou álgebra. Enfim, direcionamos nossos estudos e pesquisas com esses focos. Contudo, muitas vezes, faltam outros saberes pedagógicos atrelados à sala de aula, como as múltiplas inteligências, os estilos de aprendizagem que são imprescindíveis para o desenvolvimento de planejamentos diversificados que atendam às necessidades de um maior número de estudantes.
2 - Competências comportamentais
Além dos saberes específicos e pedagógicos, há uma necessidade de verificarmos as competências comportamentais dos candidatos à vaga que estamos propondo, ou seja, liderança, proatividade, trabalhar de forma colaborativa, resiliência, flexibilidade, gestão de conflitos.
Isso se torna necessário pelas propostas de formação integral do estudante que prevê o desenvolvimento para além do específico nas “disciplinas” que estão estudando. Para esse ensino, temos também que desenvolver essas competências dos docentes.
3 - Fluência em tecnologia
Em um mundo imerso na cultura digital, é preciso que os docentes tenham competências digitais e que sejam capazes de organizar e administrar a aprendizagem em quaisquer ambientes, isto é, presenciais, híbridos ou assíncronos. Insiro aqui o assíncrono, porque nem sempre são atividades “online” que precisa ser realizada, mas são com o direcionamento do professor e sem a sua presença. Para isso, novas metodologias entram no planejamento. Além disso, entender de softwares e aplicativos, plataformas de aprendizagem, aprendizagem adaptativa com recursos digitais, inteligência artificial na educação, realidade virtual, realidade aumentada é cada vez mais imprescindível.
Nota-se que os gestores e as áreas de seleção e recrutamento precisam ter um olhar mais amplo, estratégias mais refinadas e, principalmente, novos modelos de contratação que nos concedam elementos mais precisos e alinhados com o ideário e planejamento estratégico das instituições de ensino.
As contratações já nos dão indícios de quais as formações deverão ser realizadas internamente para desenvolvimento, atração e retenção dos docentes que serão contratados.
Indicação de leitura:
PERRENOUD, Philippe. Dez competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2020.







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